sábado, 3 de março de 2012

Assim, sem...

A brasa do cigarro cai sobre a perna esquecia, queimndo-a e se esquece também da dor. No mesmo segundo mexe-se, n§ao pelo incomodo do corpo, mas por aquele incômodo invisível que a faz se evantar e e se sentar, andar pela varanda a noite, deixando a porta aberta, está nua.
O gato lambe-lhe os dedos, oferecendo-lhe seu carinho, como explicar-lhe o que não é? Seus olhos já nao sabem mais o que veêm, estáticos num ponto colorido também estático, os ruídos insitindo em trazê-la de volta, não há nada além desse silêncio da indiferenca.
esquece-se, ainda viva vai habitar o passado morto, a lembranca daquele outro corpo quente na cama, é incapaz de aquecer o frio que lhe lembra que tem uma pele arrepiada de solidao.
A noite é eterna, e ochoro já nao tem mais gosto, as lágrimas acostumaram-se com seu curso, e o travesseiro é a vítima silenciosa da dor nele depositada.
Num outro canto na parede, mira um par de olhos foscos semelhantes a botões velhos, uma boca fria e sinistramente contorcida, acalma-se, é só um espelho. Todos as vozes na madrugada vem dizer o nome dele, quando sussurram, com voz sedutora, a dor também torna-se sedutora e acaricia seu corpo, por vezes gritam e lhe arranham até os cantos mais secretos.
Tenta dizer a si mesma que além da ausência, a dor é esse fato incontestável e deixa doer mansamente, até que meus ossos se cansem, até que os olhos sequem... Uma frágil esperanca de que sua alma venha ao seu encontro, de que ela aparte-se daquela outyra alama, e se torne livre novamente pra lhe fazer sorrir.

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