sábado, 28 de maio de 2011

Necessidade (?)



Preciso queimar todos os meus filmes
Preciso beber até a última gota
Preciso do blues de Mississipi rasgando minha garganta
Preciso não mais precisar
Talvez precise da ausência, do silencio, do não ser
Pode ser que eu não precise mais ser
Preciso...
Preciso de um segundo apenas
Em que eu possa captar todas as emoções
E transformá-las em mais
Mais um segundo de vida,
Vida colorida, vida abstrata, pura vida de ser...
Talvez eu precise
Do último cigarro.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Tanta palavra...


O paradoxo do busca...
O excesso em busca do nada,
o verbo manifestanto o desejo pelo silêncio.
O único desejo, deixar de desejar...

"Eu conheço o som da flauta extática,
mas não sei de quem a flauta é.
Uma lamparina está acesa, mas não tem nem mecha nem óleo.
Uma planta aquática floresce e não está presa ao fundo.
Quando uma flor se abre, em geral dúzias se abrem.
A cabeça do pássaro-lua está cheia com nada
exceto pensamentos da Lua,
e quando a próxima chuva virá
é tudo que o pássaro-chuva pensa.
Com quem é que gastamos nossa vida inteira amando?
Chegou o momento de fazer um balanço do amor!
Reúna o corpo e depois reúna a mente de forma que eles balancem
entre os braços do Ser Secreto que você ama.
Traga a água que cai das nuvens a seus olhos.
E cubra-se completamente com a sombra da noite.
Exponha sua face perto do ouvido dele,
e então só fale sobre o que você quer profundamente que aconteça.
Kabir diz: "Meu irmão, escute-me, traga a face, a forma,
e o perfume do Santo dentro de você".

Kabir